quinta-feira, 15 de maio de 2008

Fumar no avião



José Sócrates, senhor Primeiro Ministro de Portugal, após ter sido “apanhado” a fumar num avião (fretado pelo Governo português) de Lisboa para Caracas, disse numa conferência de imprensa na República Bolivariana da Venezuela (em terras de Hugo Chavez, portanto), que “Este episódio despertou-me para o facto de os fumadores, inconscientemente, poderem violar leis e regulamentos que desconhecem”.

Não quero sequer imaginar se o dito senhor bebesse que nem um perdido e ao sair do avião desatasse a retirar, sem pagar, das prateleiras do free-shop do aeroporto, tabletes de chocolate Toblerone, ou mesmo garrafas de Balvenie Doublewood, e depois comesse e bebesse tudo sozinho, ou na companhia de um qualquer ministro (por exemplo o da Economia), ainda que de forma completamente inconsciente, estivessem a violar alguma lei ou regulamento que não tivessem conhecimento.

Por outro lado, faz-me pensar que se abriu aqui uma oportunidade de negócio para a internacionalização do negócio da ASAE. Já estou mesmo a ver a próxima edição do suplemento de emprego do Expresso a pedir CBC’s (Comissários de Bordo Chibos) para entrada imediata nos quadros da ASAE, com disponibilidade para deslocações, oferecendo-se subsídio de risco (ainda que se “apanhe” o prevaricador, tem que se levar com o fumo – os talheres nos aviões agora são de plástico não é? Então levam só com o fumo!) e ajudas de custo (para o caso de ser custoso apanhar o delinquente dentro do avião – às vezes não é fácil passar por entre os passageiros que ressonam a “Quinta Sinfonia” de Beethoven ou o “Quero Cheirar Teu Bacalhau” do Quim Barreiros). O pagamento é feito por objectivos, isto é, por cada cigarro a 2/3 de terminar ganham 50 euros, de 2/3 a 1/3 de terminar ganham 30 euros e por cada beata ainda quente e/ou a esfumaçar ganham 5 euros. Depois de comprovado o sucesso comercial deste tipo de negócio, vão iniciar a estratégia de expansão através de franchising. Estes tipos pensam em tudo!

2 comentários:

João Mattos e Silva disse...

Zé, vim aqui deixar uma pegada. Não tenho status para deixar uma marca e então coices, nem pensar..Bem vindo à blagosfera e a este convívio, a maior parte das vezes com fantasmas sem rosto e tantas vezes sem nome, que acaba por ser bom e vivificante mesmo quando lá vem o coice.
Agora não te perdoo de teres feito caixinha, ai isso não!
Abraços muito amigos

José Burgos disse...

É como ter o papel de embrulho e ainda não ter o presente completamente decidido para poder apresentar o pacote completo… mas espero que goste.
Abraço,