quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Bom Ano



Senhores Presidentes (de clubes, de associações, de Câmaras, de Juntas de Freguesias, de Repúblicas, de países, de bancos, aqueles que ainda não são e aqueles que não merecem ser, todos, todinhos);
Senhores Ministros (incluindo o Primeiro, a da Educação e o das Finanças que também merecem);
Senhores Gestores (de fundos imobiliários de risco também);
Senhores Polícias (incluindo os que entraram a matar no caso do assalto do BES);
Senhor Magalhães (sem si este e outros textos não seriam os mesmos);
Todos os outros Senhores com cargos importantes e de decisão que agora não me consigo lembrar (não deviam ter aberto aquela garrafa);
Caros bloguistas e internautas em geral;
Ilustres Crianças;
Minhas Senhoras e meus Senhores,

Como será com certeza do vosso conhecimento (se não souberem, vão a uma daquelas revistas fabulosas da Impala e procurem pelo anúncio do Professor Karamba), o ano de 2009 vai ser uma desgraça. Assim sendo, os meus votos de Bom Ano vão para... 2010 (que é para não andar aqui a queimar cartuchos, que isto com a crise e com o Obama a armas estão pela hora da morte – bonito isto... as armas estão pela hora da morte). Feliz 2010!

E agora tenho que ir... abrir uma garrafa daquele famoso espumante francês, o Raposeira (lê-se Rapuzêrrá), e comer umas 12 passas... fui.

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Boas Festas



Este ano, sou pelo ambiente.
Este ano, o Pai Natal das Amoreiras, Colombo, Vasco da Gama, Norteshopping e dos outros 357 centros comerciais deveriam utilizar barbas feitas dos cabelos que se agrupam em tufos no chão de qualquer cabeleireiro ou barbearia deste país (as almofadas xpto podem esperar).
Este ano, a fatiota encarnada do Santa poderia muito bem ser feita de retalhos das camisolas do Benfica que os jogadores deitam para o lixo depois de cada jogo; ou no caso das campanhas publicitárias do BES utilizariam as do Sporting; o FCP iria facultar as suas camisolas às campanhas publicitárias de mudança de imagem do BPN, mas já não foi a tempo – continuam a servir de aconchego para o Bobby e para o Tareco.
Este ano, os embrulhos dos presentes deveriam ser de folhas de jornais ou revistas - Ok, podemos excluir o 24 Horas e a Maria Mais Atrevida.
Este ano, vou tentar oferecer t-shirts velhas que já não uso há algum tempo, mas coso umas letras com pedaços de ganga (daquelas calças que passaram a ser calções) a dizer “Reciclada”, só para parecer que foram compradas.
Este ano, as renas vão fazer greve porque o Pai Natal decidiu que quem as vai avaliar é o Rodolfo; parece que, em alternativa, este ano o trenó é híbrido... ah não, afinal é a Popota que vai puxar o velhote ao som do Tony Carreira.
Este ano, o Bolo Rei não vai ser da Confeitaria Nacional nem da pastelaria lá do bairro, vai ser da Bimby.
Este ano, no dia 25, não me vou vestir de Pai Natal, vou-me vestir de Papai Noel.
Este ano, era para haver porco numa das refeições, mas parece que o porco do porco meteu umas cenas maradas (é dioxinas é, pois pois!), que deve ter misturado com um bom whisky de malte irlandês e não deu bom resultado – se bem que um porco com 3 orelhas dá uma boa salada com azeite, alho e coentros.
Este ano, gostava bastante de receber aquele jogo da pirâmide... ai como é que se chama... ah é isso, Madoff.
Este ano, se virem uma luz ao fundo do túnel, cuidado, façam um sinal qualquer para voltarem a ligar a máquina do oxigénio. Os outros esqueçam, com esta cena da crise mundial até essa luz apagaram.
Este ano, não há bonecadas nem luzinhas para ninguém.
Este ano, falhei o Natal dos Hospitais, mas espero ainda apanhar o Música no Coração – mas como eu sou um privilegiado ainda tenho a alternativa da RTP Memória ou do canal História.
Este ano, as luzes da árvore de natal são exactamente as mesmas do ano passado... então para que é que estou a escrever isto aqui? Ah já sei, é que vi umas iguais (numa daquelas lojas da cadeia Wing Yip Sun) mas que diziam Melly Chlistmas.
Este ano, vou escrever este texto no Magalhães.
Este ano, vou publicar este texto num blog e apenas envio um e-mail com o endereço – os tipos da informática até se vão rir, qual piada que só eles e os que co-habitam com eles é que acham piada.
Este ano, teve mais um dia e mesmo assim esqueci-me de escrever ao Pai Natal a pedir o Euromilhões, por isso se algum de vocês o fez... eu depois dou o número da conta.
Este ano, vou electrificar a chaminé com o sistema de energia eólica que mandei instalar lá em cima no terraço do prédio... não é por nada mas o exaustor da cozinha é novo e custou uma pipa de massa – e não vá o tipo existir mesmo... aquela cena da greve das renas não sei se me convenceu.
Este ano... este ano esqueçam, já foi... e como sou pelo ambiente, desejo a todos um excelente Natal e um ano de 2009 num ambiente muito bom.

terça-feira, 18 de novembro de 2008

O Senhor do Mundo



O Mundo dá as mãos e não se poupa a felicitar Barack Hussein Obama.

George W. Bush, McCain, Sarah Louise (mais conhecida por Estripadora Implacável ou ainda por Palin - teve que voltar para o Alaska para o tradicional evento de espancamento de bonecos de neve com pás vermelhas), Edward Kennedy, Hillary Clinton, Oprah, Gordon Brown, Angela Merkel, Dmitri Medvedev (que se juntou a Silvio Berlusconi para uma pose fotográfica e o resultado foi também um conjunto de comentários absolutamente impróprios e jucosos do líder italiano que caracterizou o eleito presidente Obama de "jovem, bonito e bronzeado"), Zapatero, Nicolas Sarkozy (que pediu à secretária para lhe passar a chamada, para lhe poder dar os parabéns baixinho, não fossem as comunidades não negras não gostar e resolvessem invadir as ruas de Paris com fogo de artifício em forma de automóveis em labaredas enormes e transformassem os vidros das montras de lojas novamente em areia fina), Nelson Mandela (o primeiro negro eleito presidente), Daniel Ortega, Evo Morales, Hugo Chávez, Hu Jintao (estes três últimos, tudo gente boa), Ramos-Horta (o Xanana também disse qualquer coisa... “povo de Timor Leste”... e o resto não se percebeu), Mamud Abbas, Mahmoud Ahmadinejad, Kim Jong-il, Lula da Silva (“Oi? O Obama apoia o Acordo Ortográfico? Mesmo que em Portugal se tenha que ensinar um novo português, pondo em causa as regras mais elementares da língua portuguesa e substituindo-as por expressões bananas? Então tudo bem! Então eu quero parabenizar o cara!), Edison Arantes do Nascimento (sim, o Pelé fez mais uma declaração polémica, desta vez ao seu filho... “Edinho,pode voltar a traficar,porque o cara que ganhou lá nos States vai acabar com Guantanamo!”), Thabo Mbeki, José Eduardo dos Santos, Durão Barroso (“e se ficar mais uns anos por aqui, quando tiver que ir à América, já não preciso de ir armado em cowboy para o Texas e já devo poder levar aquela minha t-shirt azul com um ‘S’ ao centro.”), Cavaco Silva (“Pensavam que eu ia vetar?!?!?!”), José Sócrates (“Bom eu acho que quem vai ganhar as eleições é... o melhor candidato! Ah... já foi eleito? Então muitos parabéns! Só prova que o que eu disse estava correcto e que vamos conseguir chegar aos 150 mil empregos! Ó Manel Pinho, tens aí um cigarrinho aqui pró teu PM? Tá bem pá, eu espero! Mas tás quase a acabar o nível ou vou ter que ir jogar para o meu Mag?”), Manuel Pinho (“Espero que incentive a venda dos VW nos Estados Unidos, senão lá temos outra vez outro problema em Palmela. Olha lá ó Zé o teu Mag não tem ligação à net? Ah já gastaste o plafond no Jogging 2008 for Dummies Online... pronto pá, anda aqui fazer uma joga no meu!”), Jerónimo Martins (e o do PCP parece que também elogiou), Francisco Louça (“Só faço elogios se não tiver que colocar gravata!”), Paulo Portas (“Estou contra! Estou contra porque... porque... raios, onde é que estão as anfetaminas que o MEC me deixou?”), Manuela Ferreira Leite (bom, ainda está a pensar o que vai dizer - para ser do contra é capaz de dizer que a coisa agora ainda vai ficar mais preta!) e um tal de Magalhães (Mag para os amigos... e para os alunos... e membros do governo... e clientes de quase todas as lojas de electrodomésticos).

E pronto, aqui está um texto bastante medíocre, mas como resultado de uma aposta para ganhar uma pastilha Gorila, em que o desafio era eu ter que colocar vários nomes de políticos, num único parágrafo com mais de 500 palavras... quase melhor que o Saramago!

Ah claro, e para o bem de todos, ainda bem que ganhou o Obama.

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

A crise americana



Em primeiro lugar, deixem-me dizer que recebi este texto em brasileiro e resolvi adaptá-lo para uma língua muito antiga e praticamente extinta: o português!
Em segundo lugar, este texto representa a explicação da crise americana (que cada vez mais é mundial) a uma criança de 6 anos... só para ter a certeza de que quase todos percebem. Cá vai:

O Ti Jaquim tem uma tasca, na Vila Carrapato, e decide que vai vender copos "fiados"aos seus leais fregueses, todos bêbados e quase todos desempregados. Porque decide vender a “crédito”, ele pode aumentar um bocadinho o preço da dose do tintol e da loira (a diferença é o sob-preço que os pinguços pagam pelo crédito).
O gerente do banco do Ti Jaquim, um ousado administrador, formado em curso muito reconhecido, numa universidade fantástica, decide que o livrinho das dívidas da tasca constitui, afinal, um activo cobrável, e começa a adiantar dinheiro ao estabelecimento, tendo o "fiado" dos pinguços como garantia.
Uns seis zécutivos de bancos, mais adiante, garantem os tais cobráveis do banco, e transformam-nos em CDB, CDO, CCD, UTI, OVNI, SOS ou qualquer outro acrónimo financeiro que ninguém sabe exactamente o que quer dizer.
Esses adicionais instrumentos financeiros, alavancam o mercado de capitais e conduzem a operações estruturadas de derivados, na bolsa xpto, cuja base inicial toda a gente desconhece (os tais livrinhos das dívidas do Ti Jaquim).
Esses derivados estão a ser negociados como se fossem títulos sérios, com fortes garantias reais, nos mercados de 73 países.
Até que alguém descobre que os bêbados da Vila Carrapato não têm dinheiro para pagar as contas, e a tasca do Ti Jaquim vai à falência. E toda a cadeia entra em colapso, provocando o efeito dominó.

Vêem meninas e meninos... é muito simples...!!!

Kcena - 4: Como se diz 20 em inglês? e 30? e 100?

E não se podem rir...

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Apanhados na Curv(in)a


(scubaportal.it)

Bonito este trocadilho com erro ortográfico e tudo, hã!? Não?!?! Mas também, em estado de choque foi o máximo que consegui fazer!... e as horas... as horas também não ajudam.
Mas sim, estado de choque!
Não se atrevam a ir para o alto mar, às tantas da madrugada, sem alimento no estômago, e voltar 12 horas, ou mais depois com o barco carregado de corvinas!
Então vocês não sabem que só podem trazer 3,27 corvinas por pessoa? Nada de transformar a embarcação num harém de piscatório... muito menos quererem ganhar dinheiro com isso!
Afinal vocês são apenas pescadores que foram apanhados na curva! Se fossem o Estado, tudo bem, ganhariam 80% do valor da venda do pescado para poderem gastar em pagamentos chorudos de reformas antecipadas.
Cheira-me (não só) a corvina, mas também que vão aumentar o número de embarcações que irão apenas cumprir um percurso de uma ou duas milhas, que durarão poucos minutos, mas que darão para pescar uma boa quantidade do dito peixe. É a chamada descentralização piscatória em prol duma distribuição mais eficaz quando atracarem nas lotas.
Muito aborrecido isto, para os alguns “experts” de Bruxelas!

Hiper-Domingo



A Agência Financeira deu a conhecer as intenções PS no que respeita à enorme polémica em torno da abertura dos hipermercados aos Domingos. E digo enorme, porque:
1) perto de 100% destas grandes superfícies querem muito, mas mesmo muito, poder disponibilizar os seus serviços aos seus clientes nesses dias como nos outros;
2) perto de 100% da população não está contra a possibilidade de, em caso de necessidade, poder ir comprar um pacote de leite, ao Domingo, às cinco da tarde... ou às nove da noite;
3) perto de 100% dos militantes do PS (que poderão até, ser proprietários de lojas na baixa de Lisboa, não digo que não) estão a tentar prolongar uma decisão que, não sendo do próprio hipermercado, poderia e/ou deveria ser das entidades competentes que regulamentam e/ou supervisionam a região/localidade onde a dita grande superfície está implantada;
4) perto de 100% da população portuguesa (incluindo os senhores dos hipermercados, os senhores que poderão precisar de ir às cinco da tarde ou às 9 da noite comprar o leite e outros que eventualmente foram à missa das onze), excluindo os perto de 100% militantes do PS, já queriam ter esta situação mais do que resolvida;

Será que poderemos fazer compras nos hipermercados, aos Domingos, antes que o CERNE descubra o erro do “big bang2”? É que depois, dizem uns, que é capaz de não valer de muito!
Alguém obriga alguém a ir à missa?... a ir ao futebol?... a ir ao cinema?... a ir à tourada (ou corrida de touros, se preferirem)?... a ir ao ginásio?... a ir ao restaurante?
Então... deixem-se de tretas e se de facto defendem a liberdade, deixem as escolhas para quem as pode fazer... e parem de impor “vontades”!
São estes entraves que nos entalam nesta ponta ocidental da Europa com vista para o mar!
Numa altura em que tanto se fala de mudança, mais vale começar a perceber que “mudança” não é só uma palavra, é um estado de espírito dinâmico e consequente. Diz que há um chá que ajuda!

terça-feira, 23 de setembro de 2008

ONU Tie



Não, não se lê “ónuti”, nem é nenhum palavrão chinês...
Esta poderia muito bem ser a nova gravata das Nações Unidas...
Características: fabricada em Portugal, mantém inalterada a temperatura do corpo perto dos 36º C... desde que não instalem um aparelho de ar condicionado!
O recente apelo da ONU em nome do ambiente, não podia ser mais (in)oportuno... ou será mesmo hipócrita!? Acho que prefiro a palavra demagogo.
Não sei se repararam nas imagens televisivas, em que os mais altos representantes governativos davam o exemplo do apelo do passado mês de Agosto, aparecendo numa sessão preliminar da Assembleia-geral da ONU (sob o tema “Africa’s development needs” - não traduzi para não me chamarem racista) de havaianas, jeans e pólo... ah... acabo de receber a newsletter de última hora da Caras, informando que era apenas o Lula da Silva a tentar apanhar o Sócrates na sua jornada de jogging... antes do seu cigarrinho!

Dia sem carros



Logo à partida, surge-me uma dúvida: é sem carros, ou cem carros?

É que não encontro uma relação directa com nenhuma das duas hipóteses (a não ser um erro ortográfico... e ao que parece que o novo acordo é bastante complacente nesse aspecto - desculpem o “c” mas o corrector líquido acabou-se ontem a jogar sudoku e palavras cruzadas), pois nenhuma corresponde à realidade.

Falando de Lisboa (onde durmo e trabalho, entre outras coisas), saí de manhã (de carro) e o que é que vejo à minha volta? Carros, pasmem-se! É verdade. E até pareciam mais do que nos outros dias. Diria mesmo que eram para cima de cem! Ainda pensei que era por ser segunda-feira e tal... nã... ruas cortadas, e trânsito caótico eram as palavras mais ouvidas nos noticiários das várias estações de rádio, a par das notícias sobre a crise económica e qualquer coisa sobre algumas pessoas a andarem de bicicleta. Como isto está! Já estou a imaginar um possível slogan: “És daqueles pais que tens que levar a tua filha para o infantário de bicicleta? Então, hoje, passas a ser herói e deixas de ser um tipo economicamente bastante frágil... mas só hoje! Amanhã voltas ao normal, OK?”.

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Mãos ao alto!


... tens um carro de alta cilindrada?
... és dono de uma ourivesaria? e dum café? e dum mini-mercado?
... possuis uma estação de gasolina?
... tens junto a ti uma caixa Multibanco?
... trabalhas numa dependência bancária?
... vais enviar uma carta a uma estação dos CTT?
... conduzes um daqueles tanques amarelos ou verdes de distribuição de guita?
... és polícia? (olha, a ti, vai ser já um balázio... toma! e se me deres um tiro vais de cana comigo!)

Então, mãos ao alto!
Até me podem prender mas eu saio em liberdade com termo de identidade e residência! Ah Ah Ah...

E eu a pensar que esta onda de assaltos era só em Agosto, por causa da falta de pessoal nos centros de emprego. Sim, porque não pensem que isto é coisa de gangs organizados. Nã... aliás aquelas imagens do tiroteio na Quinta da Fonte em Loures devem ter sido uma vídeo montagem da agência de publicidade YoungBlackGipsy & Robem-se.

sábado, 6 de setembro de 2008

“Gustav” e a capacidade de meter água



- Vem aí o Gustav... God dam it! Subam o petróleo... não venham ao congresso!
- Iô man, o George Walker ligou agora a dizer que não vem!
- What?!?! Son of the bush! Suspende tudo, precisamos desse brô no congresso... Não, não. Agora que penso melhor, ainda bem que ele não vem, não fosse o Barack reforçar novamente o meu total apoio à decisão de invasão do Iraque. Assim, ainda conseguimos o nosso objectivo de ganharmos pelo menos 0,0037% ao Obama. Suspende tudo na mesma até nova decisão, continuem com o petróleo em alta e digam aos republicanos para não virem na mesma.
- Hey, check it up! O Gustav perdeu força e já não é uma ameaça.
- Desce o petróleo, desce o petróleo... avisem Portugal... chamem a malta republicana e sem ser republicana, quero isto cheio... vamos começar o congresso... digam ao George para não vir na mesma.
- Hey look at that... holy crap! Agora vêm o Hanna, o Ike e o Josephine!
- AAHHH! Esses terroristas... de certeza que é por causa desses ventos quentes do Iraque... vamos invadi-los... ah já está, pois é! Então são os ventos do Afeganistão... vamos invadi-los... ah já lá houve qualquer coisa! E Cuba? Vamos invadir Cuba... temos lá alguma coisa? Ah pois Guantanamo... tem que haver por aí umas lajes para lá irmos!

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Made in China



Acho piada à onda, que se deve ter tornado moda, de dizer mal da China, por ocasião dos jogos olímpicos. Acho tanta piada que chego a deixar escapar uma ou outra gargalhada. Mais ainda quando Portugal está a adoptar de braços abertos uma comunidade de “lojas dos chineses”... eu sei que a vida não está fácil e que se compra num destes estabelecimentos comerciais, em que a diversidade de áreas de negócio assegura uma panóplia inigualável de produtos, a preços muito mais acessíveis. Mas sejamos minimamente coerentes!
Cheira-me a publicidade gratuita!
A China está para o mundo assim como o Mourinho está para o futebol... dizem mal deles só para poderem aparecer de forma gratuita.
Não estou com isto a dizer que sou a favor do sistema que a China utiliza para impor uma Muralha da China contemporânea, virtual e absurda.
Apenas penso que por respeito aos desrespeitados chineses, e principalmente seres humanos, as bandeiras dos países participantes deveriam estar a meia aste.
Voltando às gargalhadas... excedi-me quando ouvi parte do discurso do Presidente dos EUA. Que haverá um Bush escondido por detrás daquele palhaço que aparece sempre a dizer palha, até poderá haver, mas não precisa de aparecer agora. Ó Sr. Bush, já não vai ganhar mais nada... não se maçe e não nos maçe com mais palhaçada... o seu tempo acabou! Até porque parece-me que se tudo o que disse fosse sentido não levaria uma das maiores comitivas para os Jogos Olímpicos... e com a perspectiva de muitas medalhas... ah isto não era para dizer!?!?

Ready... Set... GO!

terça-feira, 5 de agosto de 2008

Pergunta fácil... resposta difícil...




Pergunta
- Papá, vais buscar o mano?

Resposta
- Não filha, não vou buscar o mano... porque o mano...


Hipótese “A”
... porque a mãe do mano tem o telemóvel desligado (o oficial, já que o “secreto” quando percebe que é a minha voz, desliga imediatamente)... e porque a mãe do mano rejeita todas as cartas que o pai lhe envia a comunicar as férias em conjunto com o mano, ignorando uma sentença do Tribunal de Menores de Cascais... e porque a mãe do mano trabalha num colégio/infantário (que é propriedade da avó materna do mano), juntamente com a irmã (tia do mano), em que também rejeitam todas as cartas que o pai envia para saber, entre outras coisas, como tem sido a evolução e o desenvolvimento do mano, ignorando o interesse de um pai pelo seu filho, alegando que o mano já não está inscrito neste mesmo colégio desde 30/09/2007 (o que de certa forma é estranho, pois não se percebe porque é que a mãe do mano o tirou de lá! Será que prefere dedicar-se aos outros meninos em detrimento do seu próprio filho? Ou não confia nesta instituição para complementar a educação do mano?)... e porque a mãe do mano não deixa o mano estar com o pai desde o dia 11 de Junho de 2008, e por consequência contigo, não percebendo o mal que está a fazer, principalmente ao mano.

Hipótese “B” (e embora não seja a verdade, é a única racional para uma criança de 2 anos)
... porque está de férias!

Qual a resposta que escolheriam? Difícil...

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Acho muito bem, mas...


(imagem de BOX-M)

- Manel, Manel, olha o Cabaco bai começar a falar.
- Já bou carago! O que é que ele quererá dizer agora… não tava lá de férias tão sossegado… já não nos chega o engenheiro!
- Olha, olha, olha… tão elegante… e queimadinho… deve tar bom o tempo lá nos algarbes!
- Ó Gertrudes o que é que o homem tá a dizer?
- Cala-te Manel, deixa oubir o homem.
- Epá bou mas é buscar uma cerbeja… ó mulher, não te tinha dito para pores mais cerbejas no frio… raios parta só quer é ouvir o diz que disse… bem se ele falar na Nereida… bou lá ber outra bez, pode ser que sim!
- Olha Manel, parece que é qualquer coisa com os Açores…
- E na Madeira, já falou? E do Crstiano e lá da outra que agora não me lembra o nome?
- Bai-te embora! Só queres é saber do futebol e da Nereida! Rais’parta ao homem! Olha, enquanto eu tou aqui a oubir o Cabaco, bai mas é pendurar o retrato do presidente na parede do quarto, que já há mais de 2 anos que lá está… qualquer dia já não é preciso!
- Mas o que é que aconteceu nos Açores?
- Parece que ele descobriu lá qualquer coisa… mas tá com cara de zangado… ai não gosto nada de o ber assim…
- Se for petróleo vamos para lá morar mulher!
- Cala-te homem. Isto é sério! Tu não bês a cara dele… coitado!
- Olha já acabou! Não percebi o que é que o homen queria para interromper as férias… Muda aí o canal para a SportTV, que bai dar o futebol de praia… faxabor.
- Ó Manel, és sempre a mesma coisa. Tudo bem que não tenhas percebido o que o homem disse, mas ele é o nosso presidente caramba!

sexta-feira, 18 de julho de 2008

A bolinha encarnada




«Touradas só com bolinha.
A 44ª corrida de touros RTP já está na história: pela primeira vez, o canal televisivo está obrigado a transmitir a tourada entre as 22h30 e as seis da manhã e com um "identificativo visual apropriado" - a bolinha vermelha.
A transmissão em directo às 17h00 do próximo domingo, em Santarém, já está cancelada. Se não acatar a decisão, a RTP terá de pagar 15 mil euros de multa.
A decisão é da 12ª Vara Cível de Lisboa, que respondeu afirmativamente a uma providência cautelar interposta pela Associação Animal.
A juíza Maria João Matos considera provado que as crianças que assistam a touradas "sem qualquer restrição" podem vir a aceitar a violência sobre animais como algo natural. "Trata-se de um programa susceptível de influir de modo negativo na personalidade das crianças e adolescentes", diz a sentença.» in Expresso Online em 4/6/2008


Filho: Pai, porque é que a televisão tem no canto direito aquela bolinha encarnada?
Pai: Filho, na vida, há pessoas que são mais melindrosas do que outras e que...
Filho: São os mariquinhas?!
Pai: Não! Quer dizer... não filho, nada disso! Aliás, já te dissemos que não há mariquinhas. Há pessoas mais sensíveis do que outras (e há gays e lésbicas e outras pessoas com outras tendências menos comuns e algumas até ordinárias, mas tens tempo para ver isso tudo no National Geographic quando tiveres 18 anos). Para essas pessoas mais sensíveis é colocado na televisão esse sinal, alertando-as para imagens ou palavras que poderão melindrá-las.
Filho: Mas Pai, se as pessoas têm medo então são mariquinhas!?
Pai: Não! Já te dissemos que não há mariquinhas!
Filho: Sim, está bem...
Pai: Ora, onde é que eu ía?
Filho: Mas se as pessoas têm medo e não há mariquinhas, então são estúpidas!
Pai: Filho, não há pessoas estúpidas. Isso é muito feio de se dizer! As pessoas podem não estar a perceber, ou por não estarem atentas ou por serem menos dotadas... mas não são estúpidas!
Filho: Então... se não há mariquinhas, se as pessoas não são estúpidas e conseguem ver a bolinha encarnada... porque é que vêem?
Pai: Pois filho... olha vai lá ver o Dragon Ball e deixa o Pai ver o resto da tourada da TVI.
Filho: Mas Pai, eu gostava de ver a tourada também!
Pai: Está bem. Senta-te aqui. Agora deve estar quase a ser o intervalo...
Filho: Olha! Esta não é aquela Praça de Touros onde fomos ver a tourada no outro dia? Aquela tourada que ia dar na televisão e depois não deu?
Pai: É filho! Olha... intervalo! O pai vai só ali à cozinha buscar mais... onde é que andam a tua mãe e a tua irmã?
Filho: Estão no quarto a ver o DVD da Barbie... parece que o Ken se suicidou com uma faca do mato.
Pai: Hã!?!?
Filho: Nada pai, esquece! Olha, posso dar este resto da sandes de chourição ao Bobby?
Pai: Podes... mas sem a tua mãe ver, senão vai logo dizer que o cão não pode comer essas coisas... e que tem que comer é Eukanuba!
Filho: Ó pai, não dizes nada à mãe?
Pai: Não. O que foi?
Filho: A semana passada dei ao Bobby o resto do frango que tinha sobrado do jantar.
Pai: Ó filho! Pronto, só essa vez não faz mal, mas olha que os cães não devem comer frango porque...
Filho: Olha Pai! Vai começar a tourada! Anda depressa para vermos.
Pai: Já estou a ir.
Filho: ... Pai, agora com esse comando novo que estás sempre a dizer que é teu, não dá mesmo para tirar dali a bolinha encarnada?

quinta-feira, 17 de julho de 2008

Kcena - 2: Achmed, The Dead Terrorist

Para a “segunda edição” da Kcena deixo-vos um dos vídeos mais vistos na net. Sempre contribui para oblog tentar sair da categoria “Qualidade Medíocre”...
Impossível eu sei, ainda assim aqui fica!
Divirtam-se!

Sabedoria de elevador


Há dias espreitava o Rafeiro Perfumado e às tantas lia-se, que bastava subir e descer cerca de 4 vezes o elevador para se saber qual a previsão meteorológica.
Para espanto meu, até dá para saber qual vai ser a equipa do Benfica, incluindo os jogadores que ficam, os que saem e que valores monetários estão envolvidos nestas operações. Tudo isto ao pormenor.
Aconselho vivamente a CMVM a enviar AEA’s (Agentes Especiais de Ascensores) para indagar a veracidade das informações prestadas pelos clubes a esta entidade reguladora dos valores mobiliários. Pelo sim, pelo não, nunca se sabe até que ponto as SAD’s dos clubes cotados em bolsa estão a fornecer informações menos precisas e até contraditórias.
Agora, o Aimar custar 7,5 milhões de euros e vir de uma equipa que desceu para a segunda liga espanhola... hehe... as coisas que se sabem nos elevadores!

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Kcena: "El Condor Pasa"

Dou início hoje, a uma espécie de rubrica manhosa, que terá uma periodicidade imperiosamente aleatória e um conteúdo extraordinariamente... assim... estúpido. Vou-lhe chamar Kcena (lê-se “que cena” – só para não se porem já a inventar teorias!). Parece-me moderno e bem português – à luz do novo acordo ortográfico!!!
Claro que para poder inaugurar esta rubrica tive que fazer um CIIVSY (lê-se “civesai”) - Curso de Iniciação à Introdução de Vídeos e Sons do Youtube. É uma coisa muito à frente, com uma duração de 4.320 horas, o que dá em dias, mais ou menos... ah... ora... bom, é só fazer as contas, mas foi para cima de... é melhor em meses... ora... em meses... pronto, em anos.... em anos dá... meio ano, é isso! Durante este período houve a componente prática, que se mostrou de extrema importância, pois introduzia o elemento Qualidade Medíocre, coisa até aqui impensável neste blog, pois a classificação máxima tinha sido um Muito Mau – e foi um amigo, nem quero imaginar o que terão dito as outras duas pessoas (3, a senhora que limpa as escadas... 4, e o rapaz da caixa do hipermercado) que viram este blog. Bom, mas devido a ... 5, e o polícia que costuma estar à porta do Minipreço... devido a esta importância especial, a parte prática teve um peso de 0,0035% do total de horas do curso – é só fazer as contas mais uma vez, mas agora eu facilito: 15 minutos! Portanto, se sair algo que consigam perceber minimamente que é de um vídeo que se trata e que tem som, então, para mim, já é maravilhoso!
Bem, vamos lá então abordar o tema desta primeira edição desta Kcena.
Durante anos pensei que PanPipes fosse o nome de uma banda que tocava covers de vários êxitos do Rock e da Pop e de quase tudo o que mecha numa pauta musical, incluindo temas inéditos e absurdos que mais ninguém ouve a não ser que estejam incluídos naquelas colectâneas de “Música do Mundo” - na verdade pensei assim até há bem pouco tempo... uns meses atrás... pronto, semanas... ok, até ontem!
Os instrumentos utilizados? Canas atadas e/ou coladas, onde sopravam animadamente, e em que o som que delas saía tinha inevitavelmente um eco associado – fosse o “concerto” numa rua da baixa de Lisboa, nos Andes, no Machu Picchu, num pavilhão gimnodesportivo, no Rock In Rio, onde fosse.
Cheguei mesmo a pensar que o álbum de maior sucesso desta banda (a PanPipes) teria sido o “El Condor Pasa”...
Shame on me! Anos de vida perdidos com uns auscultadores de tamanho XXL, que preenchiam as minhas orelhas e tapavam o acne junto ao queixo – vou ver se os encontro, porque parece que agora estão na moda juntamente com os leitores de mp3 psicadélicos e os telemóveis que não enviam MMS mas lêem mp4 e tiram fotos e ecrãs tácteis muito pouco “user friendly” – e que estavam para a cabeça como os sapatos ortopédicos estavam para os pés... medo, muito medo!
Podia deixar-vos aqui uma das 54.782 versões do “My heart will go on” mas, não me perdoaria a mim mesmo – apesar da indecisão entre o “Hotel Califórnia”, a “Chiquitita” e o “Can´t take my eyes off you “ - se não inaugurasse a Kcena com o mítico “El Condor Pasa”, numa versão absolutamente inédita e cheia de ritmo. Atentem aos movimentos do corpo do protagonista, bem como toda uma sintonia e uma sincronização dos vários instrumentos... pena que não cante!

segunda-feira, 14 de julho de 2008

Como Resistir Mais



Dizem as melhores práticas de gestão e estratégias de marketing moderno nacional e internacional que custa muito mais (dinheiro, imagem, credibilidade, reputação... o que quiserem) perder um “Cliente” do que conquistar um novo.
Um bom sistema de CRM (Customer Relationship Management) pretende diminuir este “custo”, ajudando as empresas a manter um bom relacionamento com os seus clientes, gerindo de forma inteligente informações sobre as suas interactividades com a empresa.

O actual Senhor Primeiro Ministro da República Portuguesa, adepto fervoroso das novas tecnologias, das novas oportunidades e do jogging, até nem é parvo, e vai de adoptar um sistema CRM para a recta final deste seu primeiro mandato. E uma adaptação muito específica, pois teve um início bem definido (um pouco antes da altura em que Manuela Ferreira Leite assumiu o comando do PSD) e tem um fim à vista (próximas eleições legislativas). Não será com certeza Manuela Ferreira Leite a derrotar o PS nas próximas eleições legislativas, mas será com toda a certeza o marketing credível de Manuela Ferreira Leite (eventualmente apoiada por alguns notáveis de outras forças politicas) que irá obrigar o actual Governo de maioria PS a rever a sua estratégia de governar em cima do joelho, pois terão um segundo mandato onde serão obrigados a ser mais humildes e sérios.

Os processos e sistemas de gestão de relacionamento com o “cliente” adoptados pelo Governo tiveram um “teeser” absolutamente inovador: a taxa geral do IVA iria baixar para 20%, com efeitos práticos a partir do dia 1 de Julho de 2008 – brilhante! Seguiram-se iniciativas como a Proposta de Lei que aprova medidas fiscais anti cíclicas, alterando o Código do IRS, o Código do IMI e o Estatuto dos Benefícios Fiscais, o enaltecimento do “sucesso” nos exames de matemática do 9º ano e a revisão do Código de Trabalho, entre outras igualmente sonantes.

Agora esta “parceria” entre o Governo e uma construtora automóvel, no âmbito da comercialização de uma viatura movida unicamente a energia eléctrica, leva-me a concordar com Carlos Medina Ribeiro que, no Sorumbático, faz referência à absurda medida de aplicar um “desconto” de 70% no imposto automóvel, pagando apenas 30% do mesmo. Mas qual mesmo? Mas qual imposto? Os veículos exclusivamente eléctricos estão isento do mesmo... do imposto (como se pode constatar no referido post).
É sem dúvida uma forma de fazer marketing sobre uma “não medida”.
O que me preocupa é, quantas mais “campanhas” de marketing estarão a ser utilizadas para publicitar “não medidas”, tentando manter de uma forma absurda o relacionamento com os seus “Clientes”... nós cidadãos.
É caso para dizer que, para este Governo, CRM significa Como Resistir Mais.

domingo, 13 de julho de 2008

O que acha Prof. Marcelo? Assim Também Não?



— Professor, uma mãe roubar o pai a um filho é uma coisa extremamente horrível, não é?
— É.
— Portanto, devia ser proibido?
— Exacto.
— Mas a mãe pode continuar a roubar o pai ao filho?
— Pode.
— E o que é que lhe acontece?
— Nada.
— Mas está a ir contra uma Sentença de um Tribunal?
— Está.
— Como é que a Lei a pune?
— De maneira nenhuma.
— Isso não é um bocadinho incoerente? E o que é que a criança pode ficar a pensar pelo facto de ter uma mãe assim?
— Psshiu! Roubar um pai a um filho é proibido, mas pode-se fazer. Mas é proibido. Mas pode-se fazer. Só que é proibido. O que é que acontece a quem o faz? Nada.

Tradições


(Barrancos - Alentejo)

Quem me conhece deve ter estranhado o facto de não ter abordado, até agora, o tema das touradas. Este ou outros! Mas agora apetece-me “falar” neste. Aliás, apetece-me é falar de tradições.
Diz a tradição que o porco deve ser morto e amanhado numa manhã de Inverno.
Diz a tradição que a mão e o presunto do porco devem ser cobertos com colorau e pendurados dentro de casa.
Diz a tradição que os enchidos de porco assim que terminados devem ser pendurados dentro de casa, curando-se naturalmente apenas com o micro-clima local.
Diz a tradição que durante a Primavera devem-se caiar as casas.
Diz a tradição que no dia 28 de Agosto saia às ruas, às oito horas, a banda de música da vila, e às dezoito horas, haja procissão em honra de Nossa Senhora da Conceição (padroeira de Portugal e também de Barrancos).
Diz a tradição que nos dias 29, 30 e 31 de Agosto, às oito horas, se dê inicio ao “encêrro”, onde em cada um dos dias, dois exemplares de gado bravo sobem em poucos segundos a mui inclinada Rua da Igreja, para serem encerrados e posteriormente lidados, na praça central da vila, por volta das dezoito horas.
Diz a tradição que a apanha da azeitona deve ser iniciada no Outono.
Diz a tradição que nos primeiros dias de Dezembro a população começa a reunir ramos, troncos e lenha das próprias casas e vão-nos amontoando no centro da praça central da vila.
Diz a tradição que na noite do dia 24 de Dezembro esse “monte de lenha” seja ateado de fogo, apagando-se por ele próprio dias mais tarde.
Diz a tradição que nessa noite de 24 de Dezembro as famílias reúnem-se à volta do “lume”, fazem migas e tocam “sambomba”.
As tradições têm um significado para nós tanto maior quanto a importância que lhes dermos. Há tradições das quais gosto mais do que outras e às quais lhes dou mais ou menos importância. Respeito quem gosta de algumas tradições, assim como respeito quem não gosta, mas não aceito é que os que gostam tentem convencer os outros para passarem também a gostar e os que não gostam tentem convencer os outros para passarem também a não gostar.

Bravura



Correndo o risco, para quem não me conhece, de parecer um pouco machista, deixo-vos esta delícia:
“A verdadeira bravura não se demonstra nos campos de batalha, não está nem na coragem de enfrentar animais ferozes, nem nos perigos que põem a vida em risco de morte.
A verdadeira bravura está em sair de casa para beber com os amigos, não avisar a mulher, chegar a casa de madrugada a cair de bêbado e cheio de batom, ser recebido por ela com uma vassoura na mão e ainda ter peito para lhe perguntar:
- ENTÃO, VAIS VARRER OU VAIS VOAR?????”

quarta-feira, 2 de julho de 2008

Executive Women



“A Executive Women é uma revista dedicada a mulheres executivas que gostem de estar informadas sobre os assuntos do mundo dos negócios, mas que também não colocam de parte o seu lado feminino e glamouroso.” In www.famecreators.pt

Pois… dei por mim a ler praticamente todos os artigos do primeiro número desta nova revista, ou como escreve a Directora Executiva da mesma (Mariline Pereira), A REVISTA.
Com um “ar descontraído”, aborda temas que, perdoem-me, se encaixam perfeitamente na mente masculina, apesar de, na minha humilde opinião, achar que graficamente o seu interior poderá ter ligeiros aspectos a melhorar a bem da clara leitura.
A primeira impressão? “Gira, a capa!”.
A melhor impressão? “Os textos não me deixaram saltar rapidamente muitas páginas… hum!”.
Aquela impressão com que fiquei quando cheguei à página “Cyber Opinião”? “O quê! Já acabou? Então e o horóscopo? E o resumo das telenovelas? E a programação dos canais de satélite? E os números que mais vezes saem no Euromilhões? E a publicidade do Prof. Bambo?... Ainda bem! Espero que não caiam na tentação do artigo banal e da publicidade a qualquer custo.
Para primeiro número… Muito bom!

terça-feira, 1 de julho de 2008

3 Lisboetas ricos…


(Barrancos - Alentejo)

Esta foi-me enviada directamente para mim… e claro, desmanchei-me a rir! Cá vai…

Três lisboetas armados em ricos perante um alentejano...

Diz o primeiro lisboeta:
- Eu tenho muito dinheiro.. Vou comprar o banco BPI !

Diz o segundo lisboeta:
- Eu sou muito rico... Eu vou comprar a fábrica Fiat Automóveis !

Diz o terceiro lisboeta:
- Eu sou um magnata… Vou comprar todos os supermercados Continente !

E os três ficaram à espera do que o alentejano iria dizer.
O alentejano dá uma baforada no cigarrito, engole a saliva... faz uma pausa... cospe no chão e diz:
- Nã vendo...!

segunda-feira, 30 de junho de 2008

Muralha da China incompreensível



Deve haver um motivo muito forte para que uma mãe não deixe o filho ver o pai... caso contrário, como se poderá classificar uma atitude destas!?
Que motivações terá essa mãe para manter o filho dentro de uma redoma, afastando-o do salutar envolvimento familiar paterno e não permitindo um desenvolvimento pessoal adequado à situação incontornável de “filho de pais separados”?
Ainda que este tipo de atitude seja incompreensível e intolerável, há condições sócio-económicas que empolam este desenrolar de posturas de privação no chamado 3º mundo, no entanto, no caso específico, esta mãe lida com crianças todos os dias - espero que com o filho também - durante o horário de trabalho, demonstrando portanto uma insensibilidade e um alheamento da realidade absolutamente problemático, para além de deliberadamente prejudicar a robustez mental do seu filho. Mais uma vez pergunto: como se poderá classificar uma atitude destas!?
Por muito que não queira, as semelhanças com a Muralha da China são inevitáveis...

Iustitia



“Iustitia (Justiça ou Justitia) era a deusa romana que personificava a justiça. Correspondia, na Grécia, a Deusa Dice ou Diké. Difere dela por aparecer de olhos vendados (simbolizando a imparcialidade da justiça e a igualdade dos direitos). No dia de Justitia (8 de janeiro) é usual acender um incenso de lavanda para ter a justiça sempre a favor.
A deusa deveria estar de pé durante a exposição do Direito (jus), enquanto o fiel (lingueta da balança indicadora de equilíbrio) deveria ficar no meio, completamente na vertical, direito (directum). Os romanos pretendiam, assim, atingir a prudentia, ou seja, o equilíbrio entre o abstrato (o ideal) e o concreto (a prática).
As representações grega e romana diferiam ainda na atitude em relação à espada. Enquanto Diké empunhava uma espada, representando a imposição da justiça pela força (iudicare), Iustitia preferia o jus-dicere, atitude em que a balança era empunhada pelas duas mãos, sem a espada; ou com ela em posição de descanso, podendo, quando necessário, ser utilizada.” In Wikipedia

Sou adepto fervoroso desta Deusa romena e muito mais da Justiça portuguesa.
Pronto, estou a generalizar e não quero! A conversa de que “por uns pagam os outros” aqui, não tem pernas para andar.
De facto, estou é mesmo muito satisfeito com a justiça de um determinado Juíz, de um determinado Tribunal, de uma determinada Comarca.
É que foram precisos apenas 4 anos para que "saísse" uma Sentença. Nada de especial, dirão uns.
Pois, mas não estou a falar de um processo para apurar se o Benfica ou o Porto - e não vou aqui desbravar as minhas preferências clubistas - permanecem na 1ª Liga, ou se perdem 6 ou 500 pontos (porque esse tipo de decisões é de importância vital, logo de resolução em 2 meses), mas sim sobre se um filho poderá passar mais tempo com o pai – foram precisos apenas 4 anos!
Ainda assim, devido a incumprimentos sucessivos por parte da mãe, não tenho a certeza se o Tribunal conseguirá responder em tempo útil – curioso este termo quando estamos a falar de uma criança de 4 anos e meio, em que todo o tempo é pouco para estar com o pai – para o filho poder passar 15 dias de férias com o pai.
Só espero que a Deusa romena Iustitia faça umas “aparições” cá por baixo e acelere este tipo de decisões, que não alteram uma época futebolística, mas alteram a personalidade e sanidade mental de uma criança de 4 anos e meio.

OLÉ !



Enhorabuena!

Representando de forma muito séria o futebol e o povo latino, demonstraram porque é que fomos, somos e seremos sempre uma gente diferente do resto da Europa.
O espectáculo foi tão bom que é caso para dizer OLÉ!

segunda-feira, 23 de junho de 2008

Não ver...



Um cego estava numa estação de Metro, sentado no chão, com um boné velho com poucas moedas e um cartão, em tamanho A4, que dizia: “Por favor ajude este invisual.”. Nisto, passa por ele um cidadão que ficou a observá-lo por momentos – ninguém deixava uma única moeda ao cego.
Passados uns minutos o cidadão que esteve a observar o cego, pegou numa caneta, pegou no cartão A4 do cego, virou-o e começou a escrever. Depois de escrever, voltou a colocar o cartão A4 junto do cego, com o texto que ele escreveu virado para as pessoas que passavam. Afastou-se do cego e ficou mais uns segundos a observar… as pessoas que iam passando começavam a deixar algumas moedas no boné do cego… e o cidadão foi-se embora com um sorriso.
O cartão A4 agora tinha escrito: “Hoje é Primavera… e eu não posso ver!”.

Na vida, há sempre aqueles que não podem ver, aqueles que não querem ver e aqueles que são impedidos de ver.

Um cego não vê a Primavera/Verão/Outono/Inverno…
Um inconsciente/insensível/doente/irresponsável/inconsequente/insano não quer ver a realidade…
Um filho é impedido de ver o Pai…

sexta-feira, 30 de maio de 2008

Banheira(da)



Recebi este texto por mail e… Ups... não resisti!

“Durante uma visita a um Hospital de loucos, Sócrates pergunta ao director qual o critério para definir se um paciente está curado ou não.
-Bem, diz o director, nós enchemos uma banheira com água e oferecemos uma colher de chá e uma chávena e pedimos para esvaziar a banheira.
-Entendi, diz Sócrates, uma pessoa normal escolhe a chávena, que é maior!
-Não, responde o director, uma pessoa normal tira a tampa do ralo...”

quinta-feira, 29 de maio de 2008

ASAE vs. Carioca de limão



Cliente: Bom dia. Queria um carioca de limão se faz favor.
Funcionário do café: (o que me apetecia dizer era “Queria? Então já não quer?”, mas é melhor não que o patrão ainda ouve) Bom dia. Peço desculpa mas não temos carioca de limão.
Cliente: O quê?!?! Não tem carioca de limão?!?! Mas que raio... então pode ser um chá de limão.
Funcionário do café: Pois, peço desculpa novamente mas chá de limão também não temos... acabaram-se ontem as saquetas da Lipton.
Cliente: Saquetas quê?!?! Ó homem corte-me um pedaço de casca de limão e meta-a numa chávena com água quente e deixe-se de coisas.
Funcionário do café: Ó chefe, é melhor chamarmos a ASAE, porque este senhor está a obrigar-me a desrespeitar a lei, pondo em causa não só as normas e procedimentos de higiene deste estabelecimento, bem como a sua própria saúde... se calhar quer-se suicidar e eu não estou para estas maçadas a esta hora da manhã.

Já aqui falei sobre o franshising da ASAE não já? Ainda que ao de leve… já, não já? Então se isto pega, já estou a ver as equipas de Individual Customer Service da ASAE a entrarem em nossas casas e ficarem à espera que peguemos no limão, cortemos a casca e coloquemos dentro de uma chaleira de plástico eléctrica – nem pensem em utilizar chaleiras de alumínio, esmalte ou barro, é coima na certa –, e assim que começarmos a servir, o tipo começa a apreender o material ilegal e a aplicar coimas… e mais, dá-nos um prazo de 24 horas para irmos comprar embalagens com saquetas individuais de chá e/ou infusão – de preferência de marcas desconhecidas, tipo Lipton, Tley, Rosil, Gorreana, Lusitana, etc.
Mas o que é isto?!?! Agora só se ouve falar de boicote à gasolina… então e o carioca de limão? Eu quero ir ao café pedir um carioca de limão, ou mesmo um chá de limão, nem que o limão nem sequer tenha passado por debaixo da torneira da água. O que não mata engorda! Irra!

quarta-feira, 28 de maio de 2008

Ainda o (des)Acordo Ortográfico (II)


(Imagem retirada do www.desencannes.com, página dedicada a anúncios publicitários)

Para aqueles que têm dúvidas sobre o acordo ortográfico deixo-vos esta história (de autor desconhecido)...

O Director Geral de um Banco, estava preocupado com um jovem e brilhante director, que depois de ter trabalhado durante algum tempo com ele, sem parar nem para almoçar, começou a ausentar-se ao meio-dia.
Então, o Director Geral do Banco decide chamar um detective brasileiro seu amigo e disse-lhe:
- Segue o Dr. Mendes durante uma semana, durante a hora do almoço.
O detective brasileiro, após cumprir o que lhe havia sido pedido, voltou e informou:
- O Dr. Mendes sai normalmente ao meio-dia, pega no seu carro, vai a sua casa almoçar, faz amor com a sua mulher, fuma um dos seus excelentes cubanos e regressa ao trabalho.
Responde o Director Geral:
- Hummm, bom, antes assim. Não estou a ver nada de mal nisso… mas...
Mas não contente com a opinião do detective brasileiro seu amigo chamou um outro amigo detective, mas desta vez português e disse-lhe a mesma coisa:
- Segue o Dr. Mendes durante uma semana, durante a hora do almoço.
O detective português, após cumprir o que o seu amigo lhe pediu, voltou e informou:
- O Dr. Mendes sai normalmente ao meio-dia, pega no teu carro, vai a tua casa almoçar, faz amor com a tua mulher, fuma um dos teus excelentes cubanos e regressa ao trabalho.


Para aqueles que não têm qualquer dúvida e estão mortinhos por começar a utilizar as novas palavras, deixo algumas actualizações ao dicionário…

Abismado: Sujeito que caiu de um abismo
Pressupor: Colocar preço em alguma coisa
Biscoito: Fazer sexo duas vezes
Coitado: Pessoa vítima de coito
Padrão: Padre muito alto
Democracia: Sistema de governo do inferno
Homossexual: Sabão em pó para lavar as partes íntimas
Ministério: Aparelho de som de dimensões muito reduzidas
Detergente: Acto de prender seres humanos
Eficiência: Estudo das propriedades da letra F
Conversão: Conversa prolongada
Halogéneo: Forma de cumprimentar pessoas muito inteligentes
Expedidor: Mendigo que mudou de classe social
Cleptomaníaco: Mania por Eric Clapton (esta é muito rebuscada)
Tripulante: Especialista em salto triplo
Determine: Prender a namorada do Mickey Mouse
Pornográfico: O mesmo que colocar no desenho
Coordenada: Que não tem cor
Presidiário: Aquele que é preso diariamente
Ratificar: Tornar-se um rato
Violentamente: Viu com lentidão
Bom pra burro = do melhor que há
Aeromoça é hospedeira, pingolim é matraquilho e banco... banco é caixa!!!

Se o nosso saudoso Fernando Pessa ainda nos desse o privilégio da sua companhia, certamente diria “e esta heim?”.

Força Portugal



Nota prévia: este é daqueles posts em que se pode considerar que tem bola encarnada no canto superior direito, mas só considerar… enfim, não resisti!

A fase final do campeonato europeu de futebol vai começar.
Portugal está no grupo A e estreia-se no Euro2008 contra a Turquia, no dia 7 de Junho, às 20h45.

Pendurem bandeiras portuguesas (made in China) nas janelas, andem com um cachecol ao pescoço (com este tempo até ajuda), prendam nas portas do vosso automóvel as bandeirolas lusas, pintem o cão da chapeleira do carro a abanar a cabeça com verde e vermelho, arranjem um mini-cachecol para por à volta da cruz do JC que está religiosamente pendurada no espelho retrovisor, usem t-shirts, camisas e gravatas com as cores da nossa bandeira, usem o que quiserem para apoiar a nossa selecção, mas acima de tudo sejam inovadores e originais na forma como o fazem.

Força Portugal!

segunda-feira, 26 de maio de 2008

Ainda o (des)Acordo Ortográfico



Texto prévio 1:
“O primeiro passo no processo de criação da CPLP foi dado em São Luís do Maranhão, em Novembro de 1989, por ocasião da realização do primeiro encontro dos Chefes de Estado e de Governo dos países de Língua Portuguesa - Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal e São Tomé e Príncipe -, a convite do Presidente brasileiro, José Sarney. Na reunião, decidiu-se criar o Instituto Internacional da Língua Portuguesa (IILP), que se ocupa da promoção e difusão do idioma comum da Comunidade.
A ideia da criação de uma Comunidade reunindo os países de língua portuguesa – nações irmanadas por uma herança histórica, pelo idioma comum e por uma visão compartilhada do desenvolvimento e da democracia – já tinha sido suscitada por diversas personalidades. Em 1983, no decurso de uma visita oficial a Cabo Verde, o então ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal, Jaime Gama, referiu que: «O processo mais adequado para tornar consistente e descentralizar o diálogo tricontinental dos sete países de língua portuguesa espalhados por África, Europa e América seria realizar cimeiras rotativas bienais de Chefes de Estado ou Governo, promover encontros anuais de Ministros de Negócios Estrangeiros, efectivar consultas políticas frequentes entre directores políticos e encontros regulares de representantes na ONU ou em outras organizações internacionais, bem como avançar com a constituição de um grupo de língua portuguesa no seio da União Interparlamentar».
O processo ganhou impulso decisivo na década de 90, merecendo destaque o empenho do então Embaixador do Brasil em Lisboa, José Aparecido de Oliveira. Em Fevereiro de 1994, os sete ministros dos Negócios Estrangeiros e das Relações Exteriores, reunidos pela segunda vez, em Brasília, decidiram recomendar aos seus Governos a realização de uma Cimeira de Chefes de Estado e de Governo com vista à adopção do acto constitutivo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa.” In sítio oficial da CPLP ( http://www.cplp.org/ )

Texto prévio 2:
“Apesar de ter sido o primeiro país a ratificar o Acordo Ortográfico, logo em 1991, Portugal tem hesitado na sua introdução. Durante vários anos, o governo português protelou sucessivamente a ratificação do Segundo Protocolo Modificativo, apesar de alegadas pressões do governo brasileiro e da Academia Brasileira de Letras. (...) Entretanto, coincidindo com a visita do presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, ao Rio de Janeiro[26] para as comemorações dos 200 anos da transferência da Corte para o Brasil, a 6 de Março de 2008 o Conselho de Ministros aprovou, em Lisboa, uma proposta de resolução sobre o Segundo Protocolo Modificativo, na qual se lê: O Estado português adoptará as medidas adequadas a garantir o necessário processo de transição, no prazo de 6 anos, nomeadamente ao nível da validade da ortografia constante dos actos, normas, orientações ou documentos provenientes de entidades públicas, bem como de bens culturais, incluindo manuais escolares, com valor oficial ou legalmente sujeitos a reconhecimento, validação ou certificação. (...) A proposta de resolução do governo de 6 de Março foi discutida pelo Parlamento a 16 de Maio, aprovando-se o Segundo Protocolo Modificativo, faltando ainda a promulgação do presidente da República para entrar em vigor. Feita a promulgação, o Acordo terá um prazo de seis anos para ser plenamente implementado". In Wikipedia

A Texto Editora lançou um “Dicionário Duplo” com as palavras escritas com a grafia actual e segundo o novo Acordo Ortográfico de 265 mil entradas – coisa pouca, portanto.

Atentem a alguns exemplos (palavras escritas na norma vigente = alteração prevista no Acordo): acção = ação; acto = ato; afecto= afeto; aspecto = aspeto; respectivo = respetivo; infecção = infeção; óptimo = ótimo; concepção = conceção; recepção= receção; intersecção= interseção; intercepção= interceção; asséptico = assético; Egipto = Egito (logo, os seus habitantes são os Egípcios); adoptar= adotar; há-de = há de; hão-de = hão de; contra-regra = contrarregra; extra-escolar = extraescolar; anti-semita = antissemita;
anti-religioso = antirreligioso; fim-de-semana = fim de semana; co-ordenar (dif. coordenar) = coordenar; lêem = leem; dêem = deem; vêem = veem; pára = para (verbo parar); pêlo = pelo (de pilosidade); pólo= polo; jóia= joia.

Exemplo de frases escritas respeitando a norma vigente em Portugal (a itálico as palavras que sofrerão alterações pela nova norma):
1. De facto, o português é actualmente a terceira língua europeia mais falada do mundo.
2. Não é preciso ser génio para saber que o aspecto económico pesa muito na projecção internacional de qualquer língua.
3. Não há nada melhor do que sair sem direcção, rumando para Norte ou para Sul, para passar um fim-de-semana tranquilo em pleno Agosto.
4. Dizem que é uma sensação incrível saltar de pára-quedas pela primeira vez em pleno voo.

As mesmas frases redigidas respeitando a norma vigente no Brasil (a itálico as palavras que sofrerão alterações pela nova norma):
1. De fato, o português é atualmente a terceira língua européia mais falada do mundo.
2. Não é preciso ser gênio para saber que o aspecto econômico pesa muito na projeção internacional de qualquer língua.
3. Não há nada melhor do que sair sem direção, rumando para norte ou para sul, para passar um fim de semana tranqüilo em pleno agosto.
4. Dizem que é uma sensação incrível saltar de pára-quedas pela primeira vez em pleno vôo.

Frases redigidas observando a norma proposta pelo Acordo de 1990 (a itálico as palavras que terão duas grafias possíveis, ambas válidas):
1. De facto/fato, o português é atualmente a terceira língua europeia mais falada do mundo.
2. Não é preciso ser génio/gênio para saber que o aspeto/aspecto económico/econômico pesa muito na projeção internacional de qualquer língua.
3. Não há nada melhor do que sair sem direção, rumando para norte ou para sul, para passar um fim de semana tranquilo em pleno agosto.
4. Dizem que é uma sensação incrível saltar de paraquedas pela primeira vez em pleno voo.

O que representa a foto deste post? Brasil, Portugal e os restantes membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa.

Perdoem-me todos os brasileiros que lerem ou tiverem acesso a este texto, mas não quero passar, de todo, uma imagem de patriotismo, nem de racismo, nem uma imagem distorcida do enorme apreço que nutro por este povo irmão, assim como por todos os países de expressão portuguesa.
Perdoem-me os especialistas em história, letras, economia, políticos, professores, alunos... e alguns portugueses, pois tenho um orgulho enorme em saber escrever em Português – já para alguns, estas “poucas” alterações serão um alívio.Provavelmente terei vistas curtas e sei que o que sei é muito pouco, mas por mais que tente compreender até que ponto a Língua Portuguesa beneficia com este Acordo... não consigo. Não dá para aceitar de ânimo leve.

Euro quê?!?!?!


Já me tinha esquecido que ainda se mantém de pé este fabuloso Festival de Troca de Galhardetes. Confesso que tenho estado desatento e ando muito mais dedicado à música contemporânea, como as Docemania (uma espécie de OndaChoc mas com duas “cotas” meio estranhas a cantar ao lado da nova “Very Young Girls Band” no novo programa do Herman – alguém avisou a Helena Coelho que a camisa, apesar de ser preta, era completa e totalmente transparente? Não é por nada, mas quis-me cá parecer que aquela roupa interior puxava de uma forma demasiadamente forçada o revivalismo dos anos 80... só por isso, mais nada, de resto a indumentária ficava-lhe a matar... coitada!), ou o Avô Cantigas e o seu Fantasminha Brincalhão…

Brincarão, foi a palavra que mais me veio à cabeça ao fazer o tão habitual zapping (acabei de ter a ideia de registar este movimento frenético de dedos, num objecto electrónico durante horas consecutivas e assim enrriquecer à conta dos direitos de autor... é pá afinal não dá, estou na Europa dos 43 e estas coisas só têm pernas para andar lá para as terras do Tio Sam) e deparar-me com um "dinossauro" da televisão – ou devo antes dizer camaleão da televisão – que durante anos encheu salas - de estar – de todos os portugueses (eu ainda sou do tempo em que o ano fiscal tinha 5 pontos altos: a entrega do IRS, a Páscoa, o Natal, a Passagem de Ano e o Festival da Eurovisão) e que este ano contou com quase todos os países europeus, como por exemplo Israel – que faz fronteira com o Líbano no norte, Síria e Jordânia ao leste e Egito no sudoeste, logo, 100% europeu – e Russia... pena foi a África do Sul não ter conseguido apresentar a candidatura da sua banda “Black&White Dimond Power” a tempo, mas ouve-se dizer que a Sonangol deverá comprar todos os direitos de transmissão para os próximos 30 anos e assim assegurar a presença de praticamente todos os países europeus – parece que a China continua não querer entrar neste tipo de actividades lúdicas.

Parece que foi a primeira vez que tiveram que dividir os 43 participantes (valor record, embora já esteja assegurada a presença da Mongólia na edição de 2009 a decorrer na Russia – sim, continuo a falar do Festival Eurovisão da Canção – e assim será quebrado o record deste ano) e fazer duas semi-finais, passando “apenas” 25 países à grande final. Mas ver todos aqueles artistas, com músicas em 20 línguas diferentes (incluindo o Inglês Russo, o Grego Americano e o Português antes do Acordo Ortográfico) não foram suficientes para alterar o meu estado de surpresa e de desalento quando, no momento de entrar para o ar “o” porta-voz de Portugal, o único e inigualável Eládio Clímaco, entra uma tal de Sabrina (pelos vistos foi a intérprete que ganhou o Festival da Canção da RTP no ano passado - e eu a pensar que isto tinha outra vez a mão dos Gato Fedorento).

Mas eu, que não percebo nada disto, votava na nossa Vânia Fernandes com a “Senhora do Mar” – só porque tem uma voz fantástica, é seguramente uma das melhores intérpretes portuguesas de todos os tempos e cantou em Português - e no Rodolfo Chiquilicuatre de Espanha com “El Chiki Chiki”, não só porque é o espelho de que eles até podem ser bons em recuperação económica depois de Franco, mas há mínimos e porque nem quero imaginar a “música” toda cantada em Inglês de Espanha... seria no mínimo hilariante e acho que é caso mesmo para dizer “porqué no te callas?”.

Ah, mas eu iniciei esta abordagem a este tema, unicamente por causa da troca de galhardetes entre os países “europeus” participantes, e sobre isto tenho algo a dizer: ridículo, tenham vergonha!

Acordo Ortográfico


quarta-feira, 21 de maio de 2008

Sacos de Plástico amigos do ambiente



Este é seguramente um país de idiotas... com boas ideias portanto - até aqui tudo normal.
É um país de oportunistas – dirão alguns o muito português “DAAHHH” (se calhar isto também faz parte do acordo ortográfico!?!?).
É um país com sentido de responsabilidade ambiental – até pode ser, mas andam aí uns idiotas e uns oportunistas a tentarem fazer-nos de... como direi... asnos!

Claro que há vários pontos de vista, ou diria mesmo várias correntes de pensamento (assim torna este texto oficialmente mais filosófico, o que é bastante propositado quando estamos a falar/vamos falar de sacos de plástico – já ouviram com certeza aquele pensamento “penso, logo... vou comprar um saco de plástico por três cêntimos amigo do ambiente”).

A corrente de pensamento que defende o meio ambiente, prevê que os sacos de plástico, outrora distribuídos gratuitamente (eu diria mesmo aos quilos – agora é bem capaz de estar um jovem, de uma escola destas de hoje em dia que misturam os professores dos vários ciclos, a dizer “ó stôra, está escrito aqui no blog do Caracol kilos com quê de quáquá e u de urânio empobrecido, e eu não sabia que o acordo ortográfico já tinha entrado em vigor, porque ninguém nos avisou... e não estou a gostar deste tipo de ensino... olha, dá-me o telemóvel já!” - fora os que as pessoas “roubavam” porque, digamos, dava jeito) nas caixas dos super e hipermercados, passem agora a ser amigos do ambiente por dois factores absolutamente importantíssimos:
- O primeiro factor é que em vez de terem a marca da cadeia grossista em tamanho garrafal XXL, passam a ter, normalmente a verde, dizeres “amigos do ambiente” – absolutamente fantástico e claro que já todos estão a ver a melhoria substancial que temos no nosso meio ambiente... tentem inspirar... e agora expirar... hã, é ou não é fabuloso?;
- O segundo factor tem a ver com os custos de produção, isto é, já repararam com certeza que os ditos sacos são cada vez mais finos e quase transparentes, para além de terem “encolhido” uns centímetros quadrados, o que, obviamente, todos compreendemos, porque se há um esforço por parte destas cadeias (e digo esforço porque todos nós sabemos como eles justamente fizeram repercutir o valor que estão a cobrar a mais nos sacos num decréscimo significativo do preço em produtos como o pão, ovos, leite, cereais, já para não falar noutros) em produzir sacos com menos matéria prima e que são amigos do ambiente, porque em vez de serem absorvidos pelo ambiente em 500.000 anos, serão absorvidos em apenas 150.000 anos (o que para nós faz toda a diferença, não só devido ao El Niño, como ao ciclo económico bastante positivo esperado para essa altura, em que o domínio das telecomunicações por fibra óptica virtual estará encabeçada pela multiuniversal Zonae), então nós também temos que fazer um investimento no ambiente e dar os tais três cêntimos por cada um deles.

A outra corrente de pensamento que defende... defende... o que é que esta defende?... ah já sei... que defende o ambiente, prevê que os sacos azuis, pretos e verdes, vulgo sacos do lixo, tenham os seus dias contados, porque alguém se lembrou que estas cadeias poderiam vender sacos que depois de albergar de um destes estabelecimentos comerciais até à habitação do “amigo” consumidor o pão, o leite, os ovos e outras tantas coisas que baixaram de preço, poderiam e deveriam servir para... como direi... sacos do lixo!
Xi... como é que eu nunca tinha pensado nisto! E podia eu ter aproveitado aqueles quilos todos de sacos de várias cores e tamanhos para poder depositar o meu lixo doméstico sem ter que pagar mais por isso... mas pronto, se é em prol da defesa do ambiente, para daqui a 150.000 anos podermos ter outra vez aquela erva daninha, bem verdinha, geneticamente apurada, sem estar contaminada... biológica portanto e a um preço escandaloso, que seja, porque vale a pena!

Uma outra corrente de pensamento defende que os únicos sacos que podem prejudicar o ambiente são os sacos distribuídos, ou generosamente cedidos em troca dos míseros três cêntimos, já que os sacos de plástico que servem para embalar o pão, a fruta, os vegetais, os enchidos, as refeições prontas a comer (embaladas em duas fases, sendo que a primeira fase é uma embalagem de plástico rígido que quando fechada fica com o aspecto de um Tupperware manhoso e só depois introduzida num maravilhoso saco de plástico transparente e muito fino) e o pescado fresco e mesmo o congelado não provocam um só beliscão no ambiente... não fosse alguma mente iluminada dizer que o pão pode ser embalado em sacos de papel reciclado, ou mesmo o fiambre fatiado em papel de manteiga, ou pardo, como preferirem (ah ah ah... tolice, esse papel era utilizado para fazer desenhos no tempo em que a “Escola Primária” tinha apenas um professor).

Outra corrente ainda é a que claramente defende que os sacos de plásticos poderão provocar asfixia numa criança, mas se pagarmos três cêntimos já não provocam...

Haja coerência!

quinta-feira, 15 de maio de 2008

Fumar no avião



José Sócrates, senhor Primeiro Ministro de Portugal, após ter sido “apanhado” a fumar num avião (fretado pelo Governo português) de Lisboa para Caracas, disse numa conferência de imprensa na República Bolivariana da Venezuela (em terras de Hugo Chavez, portanto), que “Este episódio despertou-me para o facto de os fumadores, inconscientemente, poderem violar leis e regulamentos que desconhecem”.

Não quero sequer imaginar se o dito senhor bebesse que nem um perdido e ao sair do avião desatasse a retirar, sem pagar, das prateleiras do free-shop do aeroporto, tabletes de chocolate Toblerone, ou mesmo garrafas de Balvenie Doublewood, e depois comesse e bebesse tudo sozinho, ou na companhia de um qualquer ministro (por exemplo o da Economia), ainda que de forma completamente inconsciente, estivessem a violar alguma lei ou regulamento que não tivessem conhecimento.

Por outro lado, faz-me pensar que se abriu aqui uma oportunidade de negócio para a internacionalização do negócio da ASAE. Já estou mesmo a ver a próxima edição do suplemento de emprego do Expresso a pedir CBC’s (Comissários de Bordo Chibos) para entrada imediata nos quadros da ASAE, com disponibilidade para deslocações, oferecendo-se subsídio de risco (ainda que se “apanhe” o prevaricador, tem que se levar com o fumo – os talheres nos aviões agora são de plástico não é? Então levam só com o fumo!) e ajudas de custo (para o caso de ser custoso apanhar o delinquente dentro do avião – às vezes não é fácil passar por entre os passageiros que ressonam a “Quinta Sinfonia” de Beethoven ou o “Quero Cheirar Teu Bacalhau” do Quim Barreiros). O pagamento é feito por objectivos, isto é, por cada cigarro a 2/3 de terminar ganham 50 euros, de 2/3 a 1/3 de terminar ganham 30 euros e por cada beata ainda quente e/ou a esfumaçar ganham 5 euros. Depois de comprovado o sucesso comercial deste tipo de negócio, vão iniciar a estratégia de expansão através de franchising. Estes tipos pensam em tudo!

Uma Aventura no Algarve (Praia da Rocha)




Como nota prévia, queria aqui deixar um pedido de desculpa à editora Caminho e às autoras dos livros Uma Aventura (Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada) mas a utilização da imagem de um desses volumes, verão, é por uma boa causa.

Mas não, não é mais um livro da Caminho para adolescentes (que trocam sms’s durante as aulas, com um dos três telemóveis – portanto se a “stôra” quiser fazer uma cena daquelas de menina, só para aparecer no Youtube e ficar umas semanas de baixa, tudo bem, há mais na mochila – que pedem previamente aos pais para carregar com um “guito” à maneira) que depois é transportado para uma série de televisão.
Neste caso, primeiro foi a televisão e agora sim, o livro.

A Dom Quixote vai editar um livro sobre um Dom Juan, bem conhecido das turistas que visitam a Praia da Rocha. A Dom Quixote, a mesma que lançou um livro sobre a Carolina Salgado, em que se fizeram filas intermináveis nos hipermercados, de homens vestidos de fato de treino de várias cores, enquanto as mulheres deles… nã, estes não deviam ter mulheres!

É verdade! Zezé Camarinha, o autor, bem afamado, não só, mas também, por ser o criador de relíquias como “Why don't you go to da beach? You're very uaite!”, ou “Put some crime namber faive”, e a melhor de todas ainda numa linguagem estrangeira “Eu na outra reencarnação devo ter sido penso isofrenico, daquelas da Evax ou da Insónia, pois adoro andar entre as pernas das mulheres!", vai colocar por escrito a tradução de 40 anos a “servir” as camones, em 10 mandamentos do engatatão.

Isto promete!

Promete, porque afinal há aqui mais uma faceta oculta deste nosso playboy que é o facto de conseguir utilizar as novas tecnologias – assim já não precisa de pedir a nenhuma das suas amigas que lhe faça o copy/paste dos 15.486 sites de Internet que têm as tais relíquias.

Promete, porque afinal também são só dez, o que, tudo indica, será um livro de bolso… ou será um parágrafo que passará a ser parte integrante da bula do Viagra?!?!

E por fim, promete, porque já estou a imaginar as bichas e as filas intermináveis nos hipermercados, quiosques de gelados e vendedores de bolas de berlim das praias da costa algarvia (e centros de saúde e farmácias, claro, por causa da bula do Viagra – é como comprar um jornal só porque oferecem um filme em DVD), de senhoras a implorarem pela obra literária do “Zezé of the moustache from Praia da Rocha”, enquanto os maridos emborcam litradas de cerveja, para terem uma desculpa para partirem qualquer coisa, e já que as mulheres não estão com eles, partem o que tiverem à/na mão – coitados, até consigo ter pena de alguns!

terça-feira, 13 de maio de 2008

Anti-Stress

Pela primeira vez decidi dar um nome a algo com um sentido exactamente oposto àquele que terá na realidade... mas achei que seria uma forma diferente de começar!

Já estão a imaginar uma corrida de caracóis a baixa, muito baixa velocidade... 30 minutos após o início os ditos quase não saíram do mesmo sítio e... ainda faltam 100 metros para o final... AH! Que stress!!!

Senhor Caracol pretende ser tudo menos um… anti-stress!

Não quero utilizar este espaço como divã virtual, nem como “net bolas” de espuma macia, nem como incenso a tresandar pelas colunas de som (quais notas musicais com cheirinho), nem como ciber-massagem chinesa, nem quero ficar obrigado a escrever com uma determinada regularidade ou sempre que há um tema mais quente na actualidade - qual Tamagochi que tem que ser alimentado e acende luzinhas e apita… não, definitivamente isso não.

Este será um lugar livre, onde com certeza aparecerão muitas coisas… como direi… estúpidas, sem nexo, sem qualquer ligação à notícia de capa dos 131 Jornais e Revistas (sim, estão aqui contemplados os jornais gratuitos e excluí as chamadas revistas cor-de-rosa… ou não? Vou só contá-las mais uma vez… ora...129, 130 e 131, é isso! É isso?! Oh diabo, afinal incluí! Bom, também só assim é que o número tem impacto!), sem conotações políticas (ok, este ponto reservo-me ao direito de alterá-lo se achar que tem mesmo que ser, ou simplesmente - sempre gostei deste tipo de justificação - porque sim.), sem piada (pronto, confesso: jurei que não colocaria aqui anedotas, mas vai ser difícil isso não acontecer, principalmente depois da do Zé do Cartaxo – e esta tem mesmo graça!), sem picante (a não ser quando tiver uma bolinha encarnada no canto superior direito do monitor em alguns textos, imagens ou filmes!) e até coisas absolutamente banais (como por exemplo a história da Capuchinho Vermelho - ou será melhor escrever "do Capuchinho Vermelho" e assumir que o personagem é gay? Bom, pelo sim pelo não, vou deixar assim - na versão pós acordo ortográfico de 2058).

Será também um lugar de livre intervenção para quem passar e quiser deixar a sua marca, pegada, coice, dentada, ferroada e/ou outras atitudes igualmente dignas!

No fundo, este espaço pretende ser, tal como o caracol, um “animal com ampla distribuição ambiental e geográfica”, isto é, aqui vale tudo! Acho que me vou arrepender disto, mas disseram-me que há uns filtros – uma espécie de net-camisinhas de vénus – que armazenam as ordinarices mais escabrosas (lamechices).

Esta é a frase que servirá de incentivo e motivação para quando estiver indeciso sobre se hei-de escrever algo, ou não: “A brincar também se dizem coisas sérias.” (autor desconhecido). Podem e devem lê-la e pensar nela sempre que aqui quiserem dar o vosso contributo.

Sejam bem-vindos!